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Confiança da indústria registra nova alta em julho, aponta FGV

Índice de Confiança do setor saiu de 77,6 pontos em junho para 89,8 pontos um mês depois
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) cresceu 12,2 pontos em julho, para 89,8 pontos. Foi o segundo maior avanço da série histórica, superado apenas pela alta de 16,2 pontos registrada entre maio e junho.
Pela métrica de médias móveis, o ICI voltou a acelerar em julho, depois de quatro meses em queda, e passou de 65,7 para 76,3 pontos.
Na comparação com julho de 2019, a confiança também melhorou, embora tenha registrado queda de 5,7 pontos. Em junho, o recuo interanual foi de 18,1 pontos.
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No sétimo mês deste ano, 18 dos 19 segmentos industriais pesquisados tiveram aumento da confiança. Isso decorre principalmente da diminuição do pessimismo em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas subiu 14,3 pontos, para 90,5 pontos. Nos últimos três meses, o IE recuperou 78% das perdas observadas em março e abril, segundo a FGV.
Entre os indicadores que compõem o IE, produção prevista e emprego previsto avançaram 16,1 pontos e 16,5 pontos respectivamente, para 99,0 pontos e 93,0 pontos, recuperando grande parte da perda observada em março e abril (99% e 81%). Em compensação, o indicador que mede o otimismo dos empresários com a evolução do ambiente de negócios nos seis meses seguintes subiu 9,6 pontos, para 80,1 pontos, e recuperou apenas 46% das perdas no mesmo período.
“Em julho, a confiança da indústria de transformação segue avançando impulsionada pela diminuição do pessimismo para os próximos três meses. Porém, os indicadores que medem a situação atual mostram que o grau de insatisfação com o momento presente permanece elevado”, comenta Renata de Mello Franco, economista da FGV-Ibre.
Segundo ela, chama a atenção na Sondagem da Indústria a recuperação dos indicadores de produção e emprego previstos sugerindo novamente que, na opinião dos empresários, o terceiro trimestre tende a ser melhor do que o anterior.
“Contudo, o baixo patamar do indicador de tendência dos negócios reflete cautela em relação à velocidade e consistência da recuperação dada incerteza ainda muito elevada”, diz.
O Índice de Situação Atual cresceu 9,9 pontos, para 89,1 pontos em julho. A melhora da percepção sobre a demanda foi o principal fator a contribuir para a evolução do ISA. A parcela de empresas que avaliam o nível de demanda como forte saiu de 14,2% para 15%, enquanto a parcela das que a consideram fraca caiu de 49,4% para 33%, levando a uma alta de 11,8 pontos do indicador, para 91 pontos.
O nível dos estoques subiu 8,8 pontos, de 81,4 pontos para 90,2 pontos, e o de situação atual dos negócios cresceu 8,0 pontos, de 79,0 pontos para 87,0 pontos.
O levantamento trouxe ainda que o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) instalada aumentou 5,7 pontos percentuais, para 72,3%. Com esse resultado, o Nuci encontra-se 3,9 pontos abaixo da marca de fevereiro (76,2%) e 7,5 pontos abaixo da média de janeiro de 2001 a março de 2020 (79,8%).
Por Valor Econômico
Instituto Aço Brasil